Pelo menos no começo, a dor ajuda você a fazer coisas diferentes para não se machucar. Existem muitas situações que a dor ajuda a nos livrar de problemas que nosso cérebro entende que é sério.
Antigamente quando acabava luz em casa as pessoas não usavam celular para iluminar o caminho. Nós usávamos vela! Quando eu era criança resolvi tocar naquela chama atraente! Imediatamente senti uma dor, retirei o braço e aprendi alguma coisa com isso! Aprendi que eu não deveria tocar no fogo, ou pelo menos deveria fazer isso de um jeito diferente.
Já adolescente um dia na escola eu estava jogando futebol quando vi meu pai na arquibancada, fui acenar para ele e levei uma bolada na testa! Ficou vermelho, a dor ficou presente por alguns minutos mas continuei jogando mesmo ainda sentindo meu rosto ardendo. Eu me lembro também que nessa época meu treinador era muito bravo. Sem nenhum gol para comemorar, eu lembro de ter saído da quadra com a mão no olho dizendo "não fiz gol por causa da bolada que não me fez enxergar". Como se isso fosse evitar a bronca que a gente levou!
Esses foram exemplos de dores agudas, ou seja aquela dor que tem a função de nos proteger de alguma possível ameaça. A dor que leva minutos, horas, dias ou poucos semanas para desaparecer. E como qualquer dor pode aumentar e diminuir de acordo com vários fatores.